Patricia e Iran

Pois é, de certa forma tudo começou em 1995, quando eu estava no terceiro ano e fui fazer teste vocacional no CIEE, pra ver o que faria da minha vida. E aí fui pro Hospital Pedro Ernesto entrevistar um clínico que trabalhava no setor de hematologia. Chegando lá tinha alunos de outras turmas do CIEE para a mesma entrevista, e entre essas pessoas tinha uma menina do Pedro II, a Patricia. Corte para outra cena, março de 1997, sou aluno de Biomedicina do Fundao e espero a chegada dos calouros para o trote. Entre eles está a mesma Patricia do CIEE! Ela era minha caloura e bom, ficamos amigos. Outra cena, março de 2006, estou indo pro Japão pra um simpósio e eu ia passar pela California e como sabia que Cris, uma colega da faculdade estava na California, escrevo pra ela perguntando se podiamos nos encontrar. Uns dias depois recebo um scrap da Patricia com os seguintes dizeres: "Tatu!!! Se você vier a Berkeley e não me procurar, vou ficar beeemm chateada... Beijos." No final das contas não ví a Cris e fiquei na casa da Pati e seu marido, Iran, nos 3 dias em que fiquei em São Francisco e Berkeley (para visitar um certo laboratório) antes de seguir pro Japão. E isso foi a plataforma de lançamento pro meu plano de doutorado-sanduiche em Berkley. Corte pra outra cena, 02:29 AM de 15/04/07, eu no meu laptop, na Curtis St, Berkeley, escrevendo essa linhas e ouvindo IRA! (Pobre São Paulo) estando nos EUA a exatos 21 dias realizando o meu doutorado sanduiche. E adivinhem que me acolheu por aqui assim que cheguei? Patricia e Iran! Pois é, eles são como embaixadores de boas-vindas pra todos os brasileiros que chegam por aqui. Eles conhecem todo mundo e ajudam todo mundo! A Pati me disse que é assim porque ela não quer que ninguem passe o perrengue que ela passou quando veio começar o doutorado dela aqui a 5 anos. E bom, Pati e Iran me adotaram, me buscaram no aeroporto, me deram casa e comida e foram (e ainda são) a minha pequena familia Californiana! Fiquei na casa deles direto na primeira semana e eles me deram todos os tipos de assistência necessaria. E graças a eles a minha adaptação por aqui foi zilhões de vezes mais tranquila, e olha que não foi fácil, imagine sem a ajuda deles! : ) E é bom pacas ter eles por perto, porque eles são sempre assim, do jeito que tá na foto, com muito alto astral e boas energias.